ENXERGAVA TUDO PRETO, PONTILHADO COMO SE TIVESSE CAIDO EM UM APARELHO FORA DO AR, CHAPISCADO CALEIDOSCÓPIO NEGRO DE VERÃO. SENTADA NO BARCO CONTINUEI IMÓVEL DE CORPO, POR QUE A MENTE TINHA A VORAZ ÂNSIA DE ESCREVER QUALQUER COISA, QUALQUER LINHA ABSURDA, DESNUDA, AGUDA , FELPUDA, CASACUDA, LÍRICA, TESUDA, CARNUDA, DUVIDOSA, ASQUEROSA, SEI LÁ...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

ele ligou de novo.
digo sim, digo não?
...é
o amor tem dessas coisas
um não sei o que de librianos

segunda-feira, 13 de abril de 2009

venenosa e doce

ou chamamento deSamor de Bruxa


ávido desejo de espera

eis que caiu a noite

uma madrugada fria

por não estar distraído pisou em falso, manipulando

curvas e aromas e delícias

o veneno escorreu; sentiu desabrochar o antídoto (oposto extremado de forças límbicas) de metabolismo voraz

inseto invasor de flores

a planta carnívora ataca e o engole lírica, amorosa.

doce fel dos desamores sem nome, sabor de não deixar-se distraído e não dizer...

profeticamente nomear o caminho amaldiçoa o errante – erra pensando naquele reflexo do nada inominável.

ai liberta-se da verdejante fonte que nutre e não cessa

perpetua-se venenosa e doce

sábado, 11 de abril de 2009

vem comigo, no caminho eu te explico...


indefinido sem saber ao certo em qual traço me traço.

um invólucro de chamas remediadas aceleram o ser que há em mim

fonte do que não era – nunca devia ter sido.

unidade indivisível da expressão, o estômago embrulhado de papel crepom dolorosamente descolorido.

não devia ter me metido a fazer o que não era para ser feito.

é o caos!

sou o caos...

organizo no centro partes estilhaçadas de uma mesma coisa

antes múltipla; agora retalhada.

esfumaçado ando, ultrapasso pontos de vista, derivações, poderes; paredes indefiníveis de um tijolo unânime.

tem uma cabeça de macaco na ponta do meu lápis. escreve intenso sem saber se é de hoje que começou a pensar em símbolos; psicografar saberes inconscientes reunidos em um lugar ou não-lugar.

a escolha é fria, ávido desejo dos ventos, sentimentos invisíveis retos batidos inalados em absorção sem fôlego.

trôpego desço aos confins do universo

um invólucro de chamas remediadas aceleram o ser que há em mim

incrédulo olho para o céu de um banheiro no submundo (que é o meu) a luz fria ardente de partículas embolotadas.

paredes raspadas pelas unhas de animal dopado escancarando face, segredo incorpóreo desatando mascaras malignas sociais.

ato ou efeito de incrustar-se com comportamento limoso, escorregadio

vadio ao nada.

malandro dos becos ilustres desviando da linha reta; obliquamente a um plano ou uma direção.

me faço traço!

um grito incontido me arde a garganta – não – mais uma só mais uma...

uma verdade verdadeira, umas caras de esculacho.

sf. 1. Ação de atormentar, de perseguir. 2. Psiq. Sentimento ou ideia que, gerando angústia, se impõe à consciência de um indivíduo. [PL.: -sões.]

obsessão, me diga se entende melhor?

sf. 1. Pesar de ter cometido ação má ou pecado. 2. Pesar profundo. [Pl.: -ções.]

não é o que você esta pensando

esta pensando em compulsão, não é?

é isso,

mas errou,

eu errei e só achei compulsivo – que compele, irreprimível.

compulsório – que obriga ou compele.

é! fomos compelidos a acreditar que compunção (é isso idiota!) compunção e não compulsão...

vá ao dicionário, até você pode buscar essas definições de merrda da grande bosta social.

vai,

até você pode ser Aurélio.